Basicamente, a diferença entre o remédio Ozempic e o Wegovy está na dosagem e na indicação de uso. Entenda
A notícia de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do medicamento Wegovy (semaglutida 2,4 mg) no Brasil se espalhou rápido e já está na lista de desejo de muitos. Mas qual seria a diferença entre o Ozembic e Wegovy?
Diferença entre Ozempic e Wegovy
Assim como o Ozempic, o Wegovy é um medicamento injetável de uso semanal, produzido pela farmacêutica Novo Nordisk, com sede na Dinamarca. Os dois remédios têm o mesmo princípio ativo, a molécula Semaglutida, um análogo ao GLP-1 (Glucagon-like Peptide-1).
O GLP-1 é um hormônio produzido pelo nosso intestino e liberado na presença de glicose. Ele ajuda a sinalizar ao cérebro quando já estamos alimentados, diminuindo o apetite. Ou seja, a medicação age em centros específicos do cérebro, controlando a fome e a saciedade.
Desse modo, a diferença entre o Ozempic e Wegovy está na dosagem e na indicação de uso. Enquanto o Ozempic, medicamento já comercializado no Brasil desde 2018, tem uma dose máxima na caneta de 1mg, a do Wegovy é de 2,4mg. Além disso, o novo medicamento tem na bula a indicação para o tratamento da obesidade.
Por outro lado, o Ozempic não está liberado para esse fim. Na bula, seu uso é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2. No entanto, ele vem sendo utilizado de forma “off label”. Ou seja, o medicamento foi feito com uma finalidade, mas também é utilizado para outra finalidade visto que tem resultado também na perda peso.
O Wegovy está autorizado para o tratamento do sobrepeso e obesidade no país, mas ainda não está sendo comercializado – deve chegar ainda no primeiro semestre deste ano. Ele e é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30 ou igual ou acima de 27 na presença de pelo menos uma comorbidade associada, como a alteração da glicemia.
Quando tomar a medicação
Para a nutróloga e gastrocirurgiã Adriana Meneses, é fato que os análogos de GLP1 ( Victoza, Saxenda, Ozempic e Wegovy) vieram para ajudar muito na perda de peso e diabetes. No entanto, é preciso estar ciente de que esses medicamentos são uma “muleta” para ajudar o paciente a conseguir executar um plano alimentar.
“Nenhuma medicação fará grande diferença sem mudanças da base: alimentação e atividade física”, alerta Adriana, ao ressaltar que a mudança no estilo de vida sempre será a primeira linha de tratamento para a obesidade.
Por se tratar de uma doença multifatorial, onde há influência de fatores genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais, é extremamente importante um acompanhamento multidisciplinar, com nutricionista, nutrólogo, psicólogo, fisioterapeuta e educador físico, entre outros especialistas.
Além disso, o tratamento para obesidade deve ser individualizado, respeitando os limites do paciente e com foco na saúde. Entre em contato e veja como a equipe You Heal pode ajudar você.
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