Um intestino em desequilíbrio pode alterar todo um organismo e contribuir para essa relação entre a obesidade e desnutrição

Apesar de muitas pessoas acreditarem que o fato de comer em excesso poderia evitar a deficiência de nutrientes, não é bem assim que funciona. Saúde alimentar não é uma matemática simples e a obesidade tem sido cada vez mais relacionada à desnutrição. Isso porque estar desnutrido não significa apenas não ter acesso a alimentos em quantidade suficiente.

A relação entre obesidade e desnutrição

Pessoas com sobrepeso podem ter uma alimentação inadequada não só pelo alto consumo de calorias, mas também por optar por apenas alguns alimentos. Em geral, a dieta consumida por pacientes obesos tem como principal característica a inadequação de nutrientes.

De acordo com dados do IBGE, seis em cada 10 brasileiros apresentam excesso de peso. Isso se deve a um maior consumo de processados e ultraprocessados, e a menor procura por alimentos in natura. Esses produtos são de alta densidade calórica, pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, fazendo com que, por mais que tenha aumento de peso, o obeso não fique nutrido. Ou seja, é nutricionalmente ruim.

O resultado é um obeso desnutrido. Exatamente porque pessoas que ingerem um excesso de alimentos ricos em gordura, açúcar e sódio não costumam consumir frutas, verduras e outros alimentos mais saudáveis.

A relação com o intestino

O que caracteriza a desnutrição é um desequilíbrio entre a ingestão e a capacidade do organismo de absorver corretamente nutrientes essenciais. Desse modo, fica fácil entender como um intestino prejudicado pode alterar todo um organismo e contribuir para essa relação entre a obesidade e desnutrição.

Isso porque o sobrepeso também está associado a alterações na microbiota intestinal, que é composta por várias espécies de microrganismo que atuam na digestão de nutrientes e garantem imunidade à mucosa intestinal.

Assim, com um intestino em desequilíbrio, o alimento fica mais tempo parado, produzindo toxinas e fazendo uma inflamação local, piorando um quadro de inflamação que já existe no obeso. Lembrando também que tudo que fica mais parado no intestino, fermenta mais e contribui para uma série de doenças, como o refluxo e disbiose intestinal.

Tratamento

Pela complexidade do assunto e a correlação com outras doenças, é importante que a obesidade seja tratada por uma equipe multidisciplinar composta por nutricionista, nutrólogo, psicólogo, fisioterapeuta e educador físico, entre outros especialistas. Isso porque a obesidade é uma doença multifatorial, onde há influência de fatores genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais.

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