Além de incômodo, o fogacho na menopausa pode trazer complicações. Veja porque ele não pode ser interpretado apenas como mais um sintoma
A chegada da menopausa, período que a mulher perde a capacidade reprodutiva, é marcada por uma série de sintomas desagradáveis. Mas, entre insônia, irritabilidade e ganho de peso, um deles costuma tirar o juízo das mulheres: o calor intenso. Mais que incômodo, o fogacho na menopausa pode ser perigoso.
Isso porque a frequência e intensidade dos calores podem provocar micro lesões cerebrais. “No futuro, essas lesões podem acarretar demência, perda de memória e outras complicações”, explica o médico do esporte da Clínica You Heal, Murilo Delevedove, ao alertar para o fato de que o calor excessivo não pode ser interpretado apenas como mais um sintoma.
O fogacho na menopausa pode ainda elevar o risco de doenças cardíacas, por conta do envelhecimento vascular. Com as artérias mais rígidas, a camada interna de células, que revestem os vasos sanguíneos, apresenta deformações e deixa todo o sistema menos resistente.
O que causa o fogacho na menopausa
Esses sintomas da menopausa são consequência da queda na produção de hormônios essenciais, como a progesterona e o estrogênio.
Esse último é responsável por afetar positivamente o colesterol, reduzindo os riscos de doença coronária. Com a queda na produção de estrogênio, a mulher perde essa importante proteção natural e fica mais suscetível às doenças cardíacas.
Reposição hormonal
Para tentar driblar os sintomas da menopausa e melhorar a qualidade de vida, é possível fazer a reposição hormonal.
A reposição hormonal também pode ser indicada em casos de osteoporose e osteopenia, já que o estradiol, hormônio que tem sua quantidade reduzida na menopausa, interfere diretamente na reposição óssea.
O tratamento, no entanto, não é indicado para pessoas obesas e também aquelas que já tiveram câncer ou tromboembolismo, justamente porque aumenta a possibilidade de doenças como o câncer de mama.
“Fazer ou não a reposição é uma decisão que precisa ser pesada com os malefícios e benefícios, associados aos sintomas que o paciente apresenta”, recomenda Murilo Delevedove, ao enfatizar que o ideal é fazer um acompanhamento com equipe multidisciplinar, que vai avaliar todo o contexto.
Dessa forma, a paciente terá o suporte de profissionais de diversas áreas, como ginecologia, cardiologia e nutrição. “Só mesmo com uma análise geral da situação do paciente é possível definir se a reposição hormonal é uma boa opção para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher”, destaca.
A equipe You Heal está pronta para aconselhar e acompanhar você na reposição hormonal. Entre em contato conosco!
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