Provocada por diferentes fatores, a gastrite é uma inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. Essa alteração pode ser provocada por inúmeros fatores. Veja as causas e os diferentes tipos de gastrite.

Gastrite de ação química

A gastrite de ação química é causada pelo excesso de química jogada no estômago. Como consequência, há um desgaste no muco protetor da parede gástrica. Os principais agressores são os alimentos de má qualidade, que podem lesar o seu estômago, causando dor. Cigarro e remédio antiinflamatório também diminuem a proteção natural.

Gastrite por bactérias

Um dos tipos de gastrite mais comum é o causado pela bactéria Helicobacter Pylori, também conhecida como H. Pylori. Presente no estômago de 70% população, ela pode fazer mal para algumas pessoas e para outras não. Dessa forma, o ideal é procurar o médico para fazer uma investigação e verificar a real necessidade de tratamento.

Gastrite alcalina

Pouco falada, a gastrite alcalina é a lesão crônica da mucosa gástrica, produzida pelo refluxo da bile para o estômago. Esse retorno ocorre quando reflui bile do duodeno para o estômago. E esse refluxo alcalino pode ser muito mais lesivo do que a própria acidez.

Por outro lado, essa alcalinização do meio também pode ser provocada pelo uso crônico de medicamentos usados justamente para tratar a gastrite, como, por exemplo, o omeprazol. “Se você toma de forma errada e sem orientação médica, você vai fazer com que seu estômago não produza mais ácido e inicie uma inflamação”, explica a gastrocirurgiã e nutróloga da You Heal, Adriana Meneses.

Ela afirma que já nascemos com o estômago ácido e tentar alcalinizar através da medicação não traz proteção. “A acidez do estômago tem suas funções e uma das principais é justamente fazer a digestão”. Sem digerir, a comida acaba ficando parada, aumentando as chances do refluxo.

Gastrite nervosa

Embora seja um termo bastante difundido, a gastrite nervosa não existe. O que ocorre é que pessoas que passam por um momento de estresse e, de algum modo, acabam refletindo essa tensão na forma de dor.

“Não é que o estômago secreta um monte de ácido quando você está nervoso. O que acontece é um reflexo ou somatização desse estresse, que chega a causar dor, má digestão e refluxo”, esclarece Adriana. Em momentos de estresse, é comum não fazer uma boa digestão, porque você acaba comendo mal e seu organismo não funciona bem.

A secreção das enzimas digestivas fica muito diferente em momentos de estresse. Isso porque, ciente da situação, seu corpo poupa energia de outros locais para deixar a sua cabeça em constante funcionamento. Ou seja, pessoas que acreditam ter uma gastrite nervosa, precisam tratar o estresse e não diretamente o estômago.

Por isso a importância do acompanhamento com equipe multidisciplinar para avaliação completa e diagnóstico preciso.

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