Por meio do teste de avaliação genética é possível identificar a suscetibilidade para obesidade. Mas será que é fator determinante para o paciente?

A genética é um fator que influencia o desenvolvimento de diversas doenças crônicas como diabetes, osteoporose, hipertensão, câncer e também a obesidade. Mas, ainda que exista essa contribuição genética, ela não é um fator determinante. Ou seja, há outras estratégias que podem ser adotadas para que você não seja refém da sua herança genética.

De acordo com a geneticista Thais Cidália, pós-doutora em Genética, a obesidade é uma condição multifatorial e não é possível culpar só os genes por todo o problema. Fatores ambientais e também comportamentais seriam, segundo ela, outras questões que influenciam, interagem e potencializam a situação.

Mesmo no caso de uma predisposição genética e por mais que contribua, ainda é possível adotar estratégias que mudem essa situação. Hábitos mais saudáveis, alimentação com base em uma dieta direcionada e exercícios físicos são fundamentais para que os genes não sejam expressos. Todo esse processo pode ser embasado pelos resultados do teste genético.

Como é feito o teste genético para obesidade

O teste genético é feito a partir da análise laboratorial da saliva do paciente. Nesse exame são avaliados os códigos presentes nos genes de cada pessoa, sendo um processo bem individualizado.

“Existem genes relacionados ao gasto energético, a resistência a insulina, ao metabolismo de gordura e à compulsão alimentar”, exemplifica Thais, ao destacar que o teste registra todas essas constatações em pontos. Como resultado é dado um score de suscetibilidade a obesidade, que pode ser baixa, média ou alta.

Há estudos que mostram que o fator genético contribui entre 20 e 30% dependendo do score final. “Dessa forma, fica claro que a genética influencia, mas não determina a condição”, sintetiza a especialista. No entanto, mesmo em casos onde os fatores ambientais são mais marcantes, os genes não devem ser desconsiderados. Isso porque eles estão envolvidos em funções importantíssimas do metabolismo.

O teste é necessário mesmo nos casos em que o paciente está ciente da herança genética?

O teste genético é sempre informativo. Mas mesmo que o paciente não queira ou não possa fazer o exame, ele pode fazer uma análise clínica com equipe multidisciplinar. Além disso, outros exames laboratoriais podem ajudar a conduzir estratégias para combater a obesidade.

De qualquer forma, nem tudo é o que parece. Muitas vezes o paciente tem certeza da carga genética, porque os familiares são obesos. Mas há casos em que tudo se resume à questão ambiental. Quais são os hábitos dessa família? “Se todos se comportam da mesma maneira, todos terão os mesmos resultados”, alerta a geneticista.

O teste genético ajuda a extrair informações mais precisas e faz com que as estratégias sejam melhor direcionadas. Com a análise dos genes é possível, por exemplo, identificar se a pessoa usa como fonte de energia mais gordura ou mais carboidrato. Ou seja, ajuda na adoção de dietas mais assertivas.

“Lembrando que ainda com o teste, a análise clínica é fundamental para a avaliação do comportamento do paciente”, sentencia.

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