A deficiência da serotonina associada à disbiose intestinal pode resultar em depressão, ansiedade e outras doenças mentais, como Autismo, Alzheimer e Parkinson.

Assim como as alterações psicológicas afetam o intestino, o inverso também pode acontecer. Um desequilíbrio no intestino pode causar alterações cerebrais, já que algumas bactérias presentes nesse órgão são responsáveis pela produção de mais de 30 neurotransmissores. Logo, disbiose intestinal e depressão estão diretamente relacionados.

O intestino e sua saúde

Na verdade, a saúde de uma forma geral está condicionada ao bom funcionamento do intestino. Afinal, a maior parte das células de defesa diante de vírus e bactérias de perfis invasores encontra-se na microbiota intestinal. Assim, o cérebro e o intestino se comunicam através de diferentes vias, formando um eixo que opera em duas direções.

Essa comunicação pode ocorrer por meio de sinalização neuronal (nervo vago e sistema nervoso entérico), metabólica, imunológica e hormonal. O funcionamento desse sistema, no entanto, depende da composição da comunidade microbiana que habita o intestino. Ou seja, o equilíbrio das bactérias boas e ruins.

Alterações nesse processo podem acabar desregulando a produção de neurotransmissores e do nosso organismo como um todo. Entre os neurotransmissores produzidos estão o triptofano, precursor da serotonina. Cerca de 95% do triptofano produzido no nosso organismo é oriundo da microbiota intestinal.

E a serotonina é responsável pela sensação de disposição, prazer e bem-estar. Assim, a deficiência da serotonina associada à disbiose intestinal pode resultar em depressão, ansiedade e até outras doenças mentais, como Autismo, Alzheimer e Parkinson.

Como tratar a disbiose intestinal e a depressão?

Identificar a raiz do problema é fundamental para encontrar a solução. Ou seja, é preciso investigar o que causou tais doenças mentais. Se comprovada a relação entre a disbiose intestinal e depressão, nesse caso, é possível tratar com medicamentos específicos para o intestino.

Assim, evita a ingestão de medicamentos que não vão atuar diretamente na causa da depressão, mas apenas nos seus efeitos. Além disso, diferente dos antidepressivos, o tratamento para disbiose intestinal não costuma ter efeitos colaterais e nem deixa o paciente refém de medicamentos por longos anos.

Daí a importância da avaliação de uma equipe multidisciplinar, capaz de fazer uma análise mais ampla da saúde do paciente, já que nesse tipo de tratamento, são observados aspectos do organismo como um todo. Com a medicina integrativa é possível suspeitar que um paciente com sintomas de depressão, por exemplo, precisa de uma investigação no funcionamento do intestino.

O tratamento mais indicado para esses casos é o acompanhamento com equipe multidisciplinar, com psicólogo, psiquiatra, nutricionista, nutrólogo e o gastroenterologista, que avalia o intestino para ter um melhor resultado. Em alguns casos, o uso de probióticos pode ser indicado, assim como a mudança de alguns hábitos que podem melhorar a saúde intestinal; dieta balanceada e prática regular de atividade física.

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