Será que o prometido detox hepático é necessário e realmente eficaz? Entenda como cuidar da saúde do seu fígado



Muito procurado por pessoas que “enfiam o pé na jaca” durante festas, o chamado detox hepático promete eliminar toxinas do fígado e vesícula, além de reduzir peso e prevenir inflamações. Mas será que esse protocolo realmente ajuda a tratar os abusos de bebidas alcóolicas?

Devo fazer detox hepático?

Pela recomendação de um terapeuta alemão, que publicou um livro sobre o tema em 2003, uma mistura de vinagre, sal amargo e azeite seria capaz de fazer o detox hepático, removendo o que ele dizia ser cálculos biliares. O protocolo também exige uma restrição alimentar rígida e a ingestão de líquido. 

No entanto, vários estudos já desmentiram essa tese. Um deles, publicado em 2005, na respeitada revista científica The Lancet, explica que o que o corpo elimina após algumas semanas do protocolo nada mais é que resíduos da mistura ingerida como parte do tratamento. 

A perda de peso pode sim ser percebida, mas acontece por conta do déficit calórico e da perda de líquido. Uma vez que a pessoa volta aos hábitos normais, o peso volta em um curto período. 

 

Como melhorar a saúde do seu fígado?

A verdade é que o fígado faz o seu próprio detox. Uma de suas funções é a desintoxicação, metabolizando substâncias tóxicas em compostos menos tóxicos para o nosso organismo. Isso ocorre com álcool, medicamentos, drogas e toxinas ambientais.

Essa função é influenciada pelo ciclo circadiano. Ou seja, para que o processo de metabolização de substâncias tóxicas seja eficiente, é importante que o seu sono ocorra de maneira regular, obedecendo as variações de claro e escuro do nosso dia. 

Alguns estudos sugerem, inclusive, uma relação entre a curta duração do sono e o acúmulo de gordura no fígado. Isso reforça a importância da qualidade do sono na função e no reparo hepático. 

Além disso, para melhorar a saúde do fígado é importante buscar a perda de peso (caso o paciente esteja obeso), a prática de atividade física e redução do consumo de açúcar e gorduras saturadas.

Uma boa opção seria a adoção da dieta mediterrânea que, de acordo com estudo clínico publicado na Briths Medical Journal ( BMJ), pode reduzir pela metade os riscos da doença hepática não gordurosa. 

Se acha que precisa melhorar a saúde do seu fígado, entre em contato e marque uma consulta com nossa equipe multidisciplinar. 

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