A perda de massa muscular ou sarcopenia está relacionada a alterações fisiológicas que ocorrem como consequência do processo de envelhecimento. O problema, muitas vezes, é associado também a perda óssea, deixando clara a importância de um tratamento completo com médico do esporte, ortopedista e nutrólogo.
“Precisamos entender o paciente como um todo e por isso a importância da medicina preventiva”, explica o ortopedista Adriano Meneses, ao defender um tratamento amplo, em conjunto com outros profissionais.
“Uma dor no pé, por exemplo, pode ser reumática, inflamatória, por trauma ou até por stress”, destaca Adriano, lembrando que a medicina do esporte não é apenas para atletas.
Aliada a ortopedia, a especialidade é capaz de prevenir traumas. Ao investigar dores específicas, o médico pode solicitar exames capazes de identificar uma lesão que poderia desencadear um trauma.
Como prevenir a perda óssea e de massa muscular
Até os 30 anos formamos massa óssea. No entanto, 70% desse total é formada ainda na primeira infância. Por isso a importância de uma alimentação rica em cálcio e uma suplementação de vitamina D, de preferência solar, na alimentação e atividade física.
Dessa forma, essa preparação é fundamental para que se chegue aos 30 anos com o pico de massa óssea. Entre 30 e 50 anos, nossa capacidade de formação óssea se estabiliza. A mulher aos 45, pela diminuição dos estrogênio, e o homem, aos 55, pela diminuição do estímulo testosterona.
Segundo o ortopedista, esses hormônios anabolizantes tem função primordial na melhora da massa óssea e muscular. E por isso podem ser usados de forma suplementar de maneira responsável.
“Hormônio bem indicado é fundamental”, considera Adriano. Segundo ele, é preciso ter em mente tanto a reposição nutricional, quanto hormonal na hora de tratar a perda óssea e de massa muscular.
Tratamento para perda de massa muscular
Algumas pessoas buscam a suplementação com fins estéticos na intenção de alcançar resultados rápidos. Mas a real indicação do tratamento com hormônios é para pessoas com lesão.
Além disso, os suplementos podem ser receitados para idosos acamados ou que precisam melhorar a qualidade de vida. “Quando a pessoa está em déficit de hormônios, consequentemente ela não vai ter qualidade muscular”, revela Adriano.
O médico explica que o músculo é um órgão que dá sustentação e equilíbrio às articulações e aos ossos. Com o envelhecimento, vamos diminuindo a prática de atividade e, consequentemente há perda de massa muscular. Isso acaba causando fraturas e quedas.
Fratura é um sinal claro da necessidade de tratamento. É comum o idoso mudar a alimentação, a deixando pobre de nutrientes e proteínas e rica em carboidrato.
“É uma infantilização da alimentação, o que faz com que a qualidade óssea do idoso piore e a massa muscular se deteriore”, observa o ortopedista, lembrando da importância de um tratamento multidisciplinar, com atenção às taxas hormonais e alimentação.
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