O aconselhamento genético pode ser utilizado no planejamento de uma gestação, verificando, por exemplo, os riscos de alteração para o feto
Você sabia que muitas vidas podem ser salvas quando há a adoção de estratégias apropriadas para prevenção, detecção precoce e tratamento de doenças graves? É o caso, por exemplo, do câncer, que pode ter o seu risco de ocorrência previsto através do aconselhamento genético. Entenda o que é, como funciona e qual a importância dessa estratégia.
O que é o aconselhamento genético?
O aconselhamento genético é um acompanhamento feito por médico geneticista que busca identificar a probabilidade da ocorrência de determinada doença e as chances de transmissão para familiares. Parte desse trabalho é realizado através do teste genético, que usa o sequenciamento dos genes do paciente para apontar prováveis riscos, uma vez que cerca de 80% das doenças raras têm origem genética.
Assim, por meio da análise das características genéticas do paciente, é possível definir métodos de prevenção, riscos e alternativas de tratamento. O aconselhamento genético, também conhecido por mapeamento genético, também pode ser utilizado no planejamento de uma gestação, verificando, por exemplo, os riscos de alteração no feto.
No entanto, não se trata de um diagnóstico e nem de uma garantia de que o paciente vá ter determinada enfermidade. O que quer que seja identificado no DNA configura apenas como a indicação de uma suscetibilidade que, em conjunto com o estilo de vida adotado, pode fazer com que esses genes se expressem ou não. Daí a importância de se detectar a predisposição e agir preventivamente.
Como funciona
O aconselhamento genético geralmente começa com uma consulta médica, avaliação do histórico do paciente e informações consideradas relevantes para o levantamento do seu estado de saúde. Além disso, geralmente é feito um exame físico e o teste genético, que começa com a coleta da saliva no próprio consultório.
O material é encaminhado para análise laboratorial , que faz a avaliação dos códigos presentes nos genes do paciente. Um exame de sangue também pode ser solicitado para identificar possíveis deficiências. Dessa forma, o médico geneticista pode fazer uma análise mais ampla dos resultados.
Além de detectar a predisposição a doenças, o teste genético fornece embasamento personalizado para diversas estratégias na área de saúde. Assim, após o resultado, o aconselhamento genético continua também no acompanhamento clínico, uma vez que os dados dão melhor embasamento para, por exemplo, fazer a montagem de um plano personalizado de alimentação e exercícios.
Isso porque o teste genético detecta variações no DNA, onde é possível determinar o tipo de alimento mais recomendado para cada gen, levando em consideração a absorção ou intolerância a certos nutrientes, por exemplo. Assim, é recomendado que o aconselhamento genético seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar para adoção de inúmeras estratégias na área de saúde, incluindo dietas mais eficientes.
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