Você sabe quais as vantagens e cuidados que se deve ter com os medicamentos para emagrecimento? Veja como eles podem ser utilizados de maneira segura e eficaz
A obesidade é uma doença multifatorial cujo tratamento deve ser individualizado. A mudança no estilo de vida deve ser sempre a primeira opção. No entanto, alguns pacientes, mesmo com alterações significativas na alimentação e prática de atividade física, não conseguem ter resultados. Nesses casos, os medicamentos para obesidade podem ser uma saída.
Os melhores medicamentos para obesidade
Antes de mais nada, é bom esclarecer que não existe um melhor, mas sim aquele que é o mais indicado para cada caso. Ou seja, somente o médico poderá ponderar quais os medicamentos para obesidade mais indicados após análise de exames laboratoriais e do histórico do paciente. Isso porque muito além da perda de peso, o tratamento para obesidade deve buscar saúde e qualidade de vida.
Prós e contras de cada remédio
O mercado farmacêutico tem desenvolvido diferentes medicamentos para obesidade, desde os mais simples, controlados e até os injetáveis. A nutróloga e gastrocirurgiã da Clínica You Heal, Adriana Meneses, explica quais as vantagens e cuidados que se deve ter com os medicamentos para emagrecimento e como eles podem ser utilizados de maneira segura e eficaz.
Orlistate – É um medicamento que inibe a absorção de gordura. No entanto, ele elimina tanto as gorduras boas, como as ruins. Então o ideal seria tirar da sua dieta essas gorduras ruins do que acabar eliminando gorduras que seriam benéficas para o seu organismo.
“Perdendo a gordura boa, perde todas as vitaminas lipossolúveis, vitamina A, D e K, essenciais para qualquer organismo”,conta Adriana, ao acrescentar que o Orlistate também gera problemas para a saúde digestiva. Isso porque inibindo gorduras, a medicação acaba gerando sobras no intestino. Isso pode fermentar, causando uma disbiose intestinal, com sintomas incômodos, como gases, diarreia e dores abdominais.
Sibutramina – Medicamento de ação central que age aumentando o metabolismo e não somente reduzindo o apetite. “O problema é que esse tipo de medicação pode trazer problemas cardiológicos, ansiedade, taquicardia”, alerta a especialista.
Morosil – Age em alguns genes da obesidade. “Quem tem os polimorfismos genéticos relacionados a essa modulação com Morosil, costuma ter resultados muito bons principalmente em perda de gordura abdominal”, revela.
Venvanse – Não é liberado para o tratamento de obesidade. Costuma ter resultados na perda de peso, mas o risco é de taquicardia, palpitações, crises de ansiedade. “Tem bom efeito para algumas pessoas, mas tem que ter a boa indicação dele associada e não somente para emagrecimento”, esclarece a nutróloga Adriana Meneses.
Bupropiona – É um antidepressivo que faz a liberação de dopamina. Pacientes dopaminérgicos, aqueles super obesos, que têm um grau de compulsão, tem bons resultados com a Bupropiona. No entanto, a médica explica que para neutralizar os efeitos colaterais, como cefaleia, mal estar e dores no corpo, é preciso que a medicação seja manipulada em doses menores e associada ao Naltrexona.
Topiramato – Geralmente também é usado de forma associada e ajuda a melhorar a compulsão noturna e a qualidade do sono.
Medicamentos para emagrecimento injetáveis
Os medicamentos análogos de GLP1 ( Victoza, Saxenda, Ozempic e Wegovy) vieram para ajudar na perda de peso e diabetes. Eles atuam melhorando o metabolismo da glicose, fazendo uma compensação em várias partes do corpo. “No estômago, ele diminui o esvaziamento gástrico, então é como se você tivesse acabado de comer. Se sente sempre saciado”.
Como nenhum medicamento é isento de riscos, os efeitos colaterais dos medicamentos injetáveis costumam ser náusea, vômito, piora do refluxo e de outros problemas gástricos. De todo modo, assim como os demais medicamentos para obesidade, é preciso estar ciente de que os injetáveis também são uma “muleta” para ajudar o paciente a conseguir executar um plano alimentar.
“Nenhuma medicação fará grande diferença sem mudanças da base: alimentação e atividade física”, alerta Adriana, ao garantir que se o paciente não estiver disposto e dentro do tratamento, não vai conseguir emagrecer.
Além disso, o acompanhamento médico não é opcional. “De nada adianta um bom medicamento usado de forma errada. O que teria uma boa indicação, acaba sem resultado e ainda faz mal”.
Lembrando que a obesidade pode ter influência de fatores genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais, e durante o tratamento é essencial um acompanhamento multidisciplinar, com nutricionista, nutrólogo, psicólogo, fisioterapeuta e educador físico, entre outros especialistas.
Além disso, o tratamento deve respeitar os limites de cada paciente, sempre com foco na saúde. Entre em contato e veja como a equipe You Heal pode ajudar você.
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