Assim como qualquer outra medicação, o anticoncepcional não está livre dos efeitos colaterais. Um dos mais preocupantes é a trombose. Isso porque o hormônio presente no anticoncepcional pode aumentar as chances de desenvolver uma trombose, que é a formação de um coágulo dentro de uma veia, dificultando assim o fluxo sanguíneo.
A forma mais comum em mulheres é a trombose venosa, que acomete as pernas. Geralmente, os sintomas são inchaço em uma das pernas, vermelhidão, veias dilatadas, aumento da temperatura local, dor e sensação de peso. No entanto, o problema também pode ser assintomático.
Uso anticoncepcional. Devo me preocupar com a trombose?
Apesar de real, o risco de trombose associado ao uso de anticoncepcional é baixo. São raros os casos de complicações. Para se ter uma ideia, as chances de trombose são maiores ao fazer uma viagem longa ou uma cirurgia, por exemplo.
Além disso, tabagismo e doenças que alteram a coagulação, como obesidade e diabetes, podem representar um risco maior do que a própria pílula. De qualquer forma, o período de maior vigilância engloba os seis primeiros meses de uso do anticoncepcional. Estatisticamente é nessa fase que esses problemas apresentam maior incidência.
Além disso, aguns grupos de mulheres apresentam fatores de risco para desenvolver a trombose. Nesses casos, quando associado ao uso da pílula, há chances ainda maiores. Então, antes de definir o método contraceptivo, é importante procurar um ginecologista para fazer uma avaliação do histórico vascular individual e familiar. Também podem ser feitos exames físicos.
Ou seja, o anticoncepcional é um método seguro e apresenta riscos menores para trombose até mesmo quando comparada a própria gestação e o período pós-parto, por exemplo. No entanto, o uso deve ser individualizado, recomendado e acompanhado por médico especialista.
Anticoncepcional por tempo prolongado pode causar infertilidade?
Outra preocupação comum é se o uso contínuo da pílula pode acabar causando infertilidade. No entanto, o longo período usando o anticoncepcional não interfere nesse processo. A medicação inibe a ovulação por um período, mas não têm nenhum efeito na quantidade e qualidade da reserva ovariana, que é a responsável pela gravidez.
Essa associação equivocada pode acontecer porque certas doenças que causam infertilidade (como endometriose e menopausa precoce) podem ter seus sintomas amenizados com o uso do anticoncepcional. Assim, ao parar de tomar a pílula e tentar engravidar, os sintomas são percebidos e a infertilidade é descoberta.
Mas a verdade é que há chances de engravidar no mês seguinte à suspensão do uso da pílula. De qualquer forma, cada organismo é diferente e a gestação pode demorar mais em uns casos, do que em outros. Por isso é importante contar com o acompanhamento do seu ginecologista durante todo o processo.
Aqui, na You Heal, temos um time pronto para te ajudar com essas e outras duvidas relacionadas ao uso do anticoncepcional. Entre em contato e marque uma consulta.
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