Quais os alimentos mais indicados e os mais prejudiciais a uma gestação? Veja como deve ser a alimentação durante a gravidez
Pensar que a saúde do seu filho depende do que você come é um grande incentivo para adoção de uma alimentação saudável durante a gravidez. Mas que quantidade de calorias é o ideal? Quais os alimentos proibidos e os mais indicados nessa fase? Veja o que os nutrólogos e nutricionistas recomendam como ideal para esse período.
A necessidade de mudanças na alimentação
A mulher só precisa mudar a sua alimentação durante a gravidez se tiver um padrão alimentar ruim. Então, se ela já come bons carboidratos, tem uma boa ingestão de proteínas e gorduras boas, teoricamente já tem as vitaminas e minerais tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Por outro lado, se o estilo saudável não é uma realidade na vida dessa mãe, será preciso mudar. Isso porque é nessa fase que a mãe começa a moldar o comportamento genético do seu filho.
Além disso, a alimentação é essencial para evitar o desenvolvimento de alterações fisiológicas e patologias, que colocam em risco a saúde da mãe e do bebê. “Alimentos muito ricos em açúcar, industrializados e carboidratos simples podem gerar diabetes gestacional, por exemplo”, explica o nutricionista Omar de Faria.
Ele revela que uma dieta pobre em nutrientes pode ainda aumentar os riscos do desenvolvimento de transtornos de déficit de atenção, hiperatividade e autismo.
Do mesmo modo, carboidrato em excesso, associado ao sódio, pode provocar até mesmo uma pré-eclâmpsia. A complicação provocada pela elevação da pressão arterial pode causar um parto prematuro e até mesmo um aborto.
Alimentos proibidos x Alimentos indicados
De forma geral, os alimentos menos recomendados para as mulheres grávidas são os industrializados. A mãe que tem um maior contato com industrializados durante a gestação pode oferecer ao filho uma quantidade maior de agrotóxicos, corantes, conservantes. Um bebê em formação jamais deveria ter contato com esses produtos.
Então, é preciso ter um cuidado maior na escolha dos alimentos nessa fase. “Não só alimentos industrializados, como também aqueles crus e mal cozidos”, alerta o nutricionista. Segundo Omar, esse tipo de alimento traz maior risco de intoxicação alimentar, gerando um quadro infeccioso e atingindo também o bebê.
A nutróloga e gastrocirurgiã da You Heal, Adriana Meneses, lembra que não é só o peixe cru da comida japonesa que deve ser evitado. “São carnes mal passadas e saladas que não são lavadas corretamente”, aponta, lembrando que a toxoplasmose na gravidez é algo muito grave para o bebê.
Por outro lado, os alimentos mais indicados podem mudar conforme o trimestre gestacional. “No início, a alimentação pode ser mais focada em fontes alimentares de gorduras boas, como azeite, abacate e oleaginosas”, explica o nutricionista.
Além disso, o consumo dos alimentos verdes escuros é importante para a ingestão do ácido fólico. Já a partir do segundo trimestre, é possível focar no consumo de carboidrato, porque haverá a necessidade de ter o ganho de peso.
A quantidade e o peso ideal
Um dos mitos da alimentação durante a gravidez é que a gestante deve comer por dois. “Essa é uma ideia muito equivocada, principalmente por ser um período quando a mulher deve cuidar ainda mais da sua alimentação”, sentencia o nutricionista Omar Faria.
Ele salienta que tudo o que for ingerido nesse período, de boa qualidade ou não, em excesso ou não, vai ser transmitido para o bebê. Dessa forma, é nessa fase que a mãe começa a moldar o comportamento genético do filho.
O nutricionista explica que a gestante deve ingerir entre 300 e 500 calorias a mais do que ela gasta diariamente. A quantidade exata vai depender do trimestre gestacional. De qualquer forma, não significa qualquer caloria. Os alimentos precisam ter qualidade nutricional.
Da mesma forma, o peso deve ser monitorado. De acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), se a gestante começa com o IMC dentro do padrão de normalidade, o ideal é que ela ganhe entre 8 e 12kg. Por outro lado, se ela já entra para a gestação com obesidade, o correto é engordar entre 6 e 8 kg.
Buscar atendimento multidisciplinar nessa fase é fundamental para montar uma estratégia alimentar personalizada. O ideal é pensar em um cardápio de acordo com os gostos e a rotina da gestante.
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